17.2.10

23My smile is a rifle, Your


Inspiração


"Estava fazendo coisas que não a música para tomar o meu tempo, quando os espíritos vieram e disseram: "Você é um dos grandes músicos deste tempo, é isso o que você deveria estar fazendo". Comecei a chorar, a sensação de não estar fazendo o que eu fui posto aqui para fazer foi tão esmagadora que soube naquele momento o que deveria estar fazendo".


No fim da entrevista, John parece mais feliz, como se falar sobre ele ajudasse a se concentrar ainda mais na música.



Não, não sei se isso é real, mas pelo jeito que dizem que John diz (?) Parece ser verossímil. Tá tudo aqui (por isso não sei se é real, e porque essa "Louca por Sucrilhos" é uma grande PATETA imbecil falo mesmo que não sabe o que é ouvir espíritos e o que é loucura - e acaba de me dar ideias para um texto)


AGORA ME DIZ: O QUE É TUDO ISSO?


Eu nunca, nunca mesmo senti tanta vontade de John Frusciante e tanta vontade de chorar e fazer tudo ao contrario e sem sentido (o que pra mim teria sentido agora). Não sei se é porque as aulas vão começar - o que me causa falta de ar, não sei. Tem algo nessa escola que me sufoca LITERALMENTE - , se é porque ontem vi um vídeo do meu avô falecido há quase 10 anos, e só agora senti sua falta, se é porque a vida está passando e eu não sei se isso é bom ou ruim. Eu só sei que hoje acordei indefesa, com aquela maldita falta de ar e dor no peito, vontade de gritar, correr, me jogar no chão e não fazer nada além de chorar e me lamentar - observem: sou uma pedra seca, só choro por desespero de tanto ódio ou por finais de filmes como 7 POUNDS ou Ó PAÍ Ó (sim, eu choro) -. Escrevo esse texto bagunçado com tanta voracidade quanto uma pessoa morta de fome e sede que come como se não tivesse consciencia, um predador humanizado que vai contra todos os seus princípios e deixa seu instinto falar mais alto, sufocando e matando a presa como se fosse algo indolor e já morto.


Eu não estou mais separando as dimensões, a importância de cada uma. Meu mundo está se formando com todo o material que juntei por todos esses anos. E novamente as palavras se encontram contra a minha vontade, porque eu realmente não as estou combinando por combinar. Algo a mais vem e junta tudo isso.


Eu naõ sei ainda o que vim fazer aqui neste plano, mas por vezes sinto que não o faço, e é como se eu estivesse caindo num buraco sem fundo, num nada que é pior do que qualquer coisa pontiaguda que cause sensação de dor. É como beijar a morte, porque se você não faz o que veio fazer você está morto, ou acelerando o processo de morte. A inutilidade é isso. É horrível, e é. Ponto.


Sentimentos meus se misturam e viram uma bola de neve. Estou como um animal preso, sem nenhum lado que o ajude a se libertar.


Hoje, num dos piores momentos do meu dia aconteceu um tipo de milagre: Bella, que estava do lado de fora, me seguiu e chegou toda dengosa fazendo mil carinhos, como se estivesse dizendo "Estou com você, não precisa me ajudar pra eu retribuir, é de graça, é de coração". Tenho ela e sua mãe, Nininha, que nos últimos dias vem deitando em minha cabeça, como se também me dissesse "Confio em você". Sim, falo com minhas gatas, olho em seus olhos e sei que também falam comigo.


É isso, no fim é só pra dizer que tenho medos e anseios que não sei o que são ainda, que estou entre dois mundos completamente diferentes e iguais, que tudo e nada fazem sentido e que vou continuar fazendo o que faço até entender por que estou aqui.


Não é preciso entender, talvez alguém entenda -ou não. Talvez alguém complemente -ou não. Essa não é a verdade do mundo, é só minha e não quero que seja nada além disso. É um desabafo. É uma maneira de ver essas coisas do lado de fora da caixola.


Hoje sinto John tão perto de mim quanto nunca esteve. E isso é bom. Não sei o que há, mas é como se [mesmo em foto], se ele estivesse me acalmando os nervos pra poder limpar a alma com meu choro e libertar as coisas ruins que estão dentro de mim. Estou em constante meditação ultimamente.

10.2.10

Década de 1970

Foi a última década do período classic rock. É também conhecida como a "década da discoteca", devido ao surgimento da dance music. Surge também o movimento punk. A incorporação de instrumentos de música erudita no rock já havia se iniciado dos anos 60, mas só ganhou ares de movimento (também derivado da psicodelia sessentista) no início dos anos 70, no que é conhecido como rock progressivo.
Destaques Musicais: (Rock Progressivo) Pink Floyd, Genesis, Rush, Kansas; (Glam Rock) David Bowie; (Hard Rock) Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple, Kiss, Aerosmith, The Guess Who; (Punk Rock) The Clash, The Ramones, The Sex Pistols. Sem falar na infinidade de artistas na Disco Music, claro. Época das mortes de Janis Joplin, Jimi Hendrix, Brian Jones e Jim Morrison, a famosa "Maldição dos 27".


Lista de Vários Artistas no Wikipédia.
Moda: Estilo hippie;
 
Jeans e calças militares usadas com enormes bocas de sino, tachinhas, bordados e muitos brilhos;
Camurças com franjas;
Estilo safári;Colares de contas miçangas, bijuterias étnicas;
Saias e calças de cintura baixa com cintos largos ou de penduricalhos;
Estampas florais;
Roupas artesanais, materiais naturais e tinturas caseiras;
Botas de camurça e sandálias de plataforma;
Saias longas, estampadas, estilo cigano e muita interferência de brilhos e plumas nas roupas.

Drogas: O ecstasy (sintetizado em 1914) teve seu uso como entorpecente iniciado na década de 70 nos EUA.

Lista de Vários Filmes no Wikipédia;
Charles Manson se torna "famoso" com o caso Tate-LaBianca.
E não menos importante, pra mim até o MAIS importante: 5 de Março de 1970: nasce John Anthony Frusciante.


É a década mais marcante, são todas as coisas que mais gosto na vida juntas em dez anos. Algo que de repente passa despercebido por essa juventude "tecnológica", mas que mudou o MUNDO. O por que de eu gostar de tudo isso? Nem eu mesma sei, só sei que me traz mais "paz e amor" do que a minha própria época. Tudo parece ser interligado de uma maneira profunda e mágica, que me faz viver e pensar com mais intensidade, ter mais vontade de viver. Me sinto em outra dimensão, em algo maior, melhor e mais perfeito. Dói de tão bom. Se eu pudesse escolher qualquer época pra viver seria essa. Nem que agora eu tivesse mais de 60 anos.

9.2.10

Momento Sublime




"Quando as coisas fazem sentido demais acabam nao fazendo por fim. E isso é magico. Um quebra-cabeças abstrato. E isso serve para o contrario, o que não tem sentido tem sentido sim, e mesmo você olhando pra essa coisa sem forma definida acaba sentindo algo conhecido, que conscientemente não é tão nítido. Mas no subconsciente é tão transparente quanto se pode ser."

Eu fico lendo essas palavras e não vejo fim pras interpretações. Escrevi por impulso, como se não fossem forças minhas que tinham controle sobre minhas mãos. Elas tinham outro dono no momento em que juntaram as palavras. Me sinto tão bem que esqueço até que o mal, cansaço e doenças existiram um dia.
PS: dentre todos os albuns ouvidos a manhã toda, justamente era Enter a Uh que eu ouvia no momento em que pensei na capa. Só percebi depois...

Trechos da Entrevista do John a Revista Guitar (Japonesa) de Fevereiro de 2009

"[...]eu só faço música com base no meu próprio sentimento. [...] 
Eu só imaginava os sons que estavam no começo do álbum como sendo sombrias como um pântano, mas gradualmente tudo depois se tornou em uma visão de mundo mais brilhante. Essa explicação pode parecer muito vaga, mas eu estava consciente sobre ela. Eu apenas fiz o álbum, inconscientemente e seguindo o meu sentimento. [...] 
É muito agradável para mim ouvir The Empyrean, é um álbum que me leva em uma viagem musical. [...] 
E eu senti como se estivesse em um mundo diferente. Para ser capaz de criar esse tipo de ilusão ou alucinação, é "mágico" isso para mim. Desde que eu era criaça, eu gostava de música que me fazia sentir como se eu estivesse em um mundo diferente. [...]
Estive tocando com essas stratocasters por um longo tempo, assim elas são como uma parte do meu corpo. Se eu tocar com outras guitarras, eu sinto que estou tocando com um brinquedo.[...]
Se você forjar um relacionamento bom com seu instrumento musical e apagar o seu egoísmo e não julgar ou se analisar muito, a música será criada naturalmente quando você toca. A música é um poder que existe no universo, que nasce através de nossas mãos ou instrumentos musicais. Ela não sairá da sua mente.
Se você não estiver consciente, ela vai ter um efeito inverso.[...]

Alguns guitarristas recentes tocam aborrecidamente ou desinteresados, em comparação com os guitarristas mais velhos. Parecem que tocam guitarra apenas para se tornarem famosos. Isso é porque eles acham que guitarra é apenas como "um violão" e eles não pensam nisso como uma "ferramenta" para criar sons.

Trechos que achei mais importantes ou, que quando li concordei sem perceber que meu corpo dizia sim a essas palavras sem os comandos conscientes do cérebro. Foi como quando dei "Boa Noite" para o Jô Soares na tv. [risos] Quando percebi acenava que "sim" com a cabeça, de tanto que concordava com John. É isso o que falta em muitos artistas de hoje em dia: vontade, vontade de música, não de dinheiro e fama. Eles precisam se desprender do material, sério.




4.2.10

Nostalgia

Agora entendo um pouco o porquê de odiar tanto os professores. Os professores de verdade já não deixam rastros na minha escola. Como se tivessem fugido dela, esquecido de mim, me abandonado. A cada ano que passa os melhores professores que conheço se vão. Mônica, Rejane, Iara, Daniel, JOÃO PAULO, Rodrigo, Tercinaldo, Sonia, Ana Tereza, etc. Muitos professores bons ficam, mas ou o horário não bate, ou não são tão bons quanto os anteriores.



Hoje vi a Mônica. Já a odiei e adorei ao mesmo tempo. E tive medo. Isso é uma forma de GRANDE admiração. Me lembrei do primeiro ano em que estudei aqui (8 anos atrás). Era o período da tarde e não me esqueço nunca daqueles fins de tarde com o pôr do sol de frente a minha sala, as aulas de geografia, onde a professora uma vez pegou dois alunos para servir de exemplo em explicações do sistema solar. Por mais que eu tenha estudado metade desses anos naquela sala, o cheiro dela era diferente, um odor não de limpo, sujo ou de produtos de limpeza, mas um cheiro de SOL, de fim de infância e, por mais que tenham se passado oito anos, parece menos se comparado a minha vida, mas também parece muito mais, se comparado com as minhas lembranças, que a cada dia que passa se confundem com sonhos perdidos de uma vida passada e muito distante. Isso é nostalgia. Aquele sentimento que parece uma pequena chama acessa num coração apagado e frio, que não se sabe se vai continuar acesa por muito tempo, mas arde de uma forma que em seus pontos mais altos parece que vai incendiar tudo. Por mais que eu adore ver o tempo passar e as coisas mudarem, a dor da saudade e a chama nostálgica continuam ali, correndo atrás do tempo, seu mestre.



João Paulo é outro professor que está na minha mente com frequencia, o que traz uma saudade terrível e inevitável. Desejo a ele todas as coisas boas, porque ele me ajudou muito, e foi a única pessoa que conheci que demonstrava - tão claro como águas de fontes inexploradas - que implicava comigo somente para o meu bem. Um professor que sabia minha capacidade e com suas broncas tentava abrir meus olhos para a vida, tentava fazer com que eu utilizasse meu bônus divino de sabedoria.



Ah! Que saudades daquele tempo, mesmo menos inteligente, eu tinha mais pessoas que demonstravam seu carinho por mim. Ou, para não ser ingrata com as pessoas de agora, demonstravam um carinho mais profundo e importância mais intensa. Queriam fazer de mim uma pessoa de bem, uma pessoa especial.



Por mais que essa passagem de tempo seja extremamente dolorosa, também é, de certa forma, excitante e gostosa de sentir e perceber.