Sim, porque também sou filha de Deus. Posso me magoar, posso chorar, posso amar. Não sou só a garota boa em matemática que te ajuda nas provas (apesar de ultimamente acontecer o contrário), que te informa, que te faz rir (será que você ri mesmo, ou faz parte do protocolo?). Sou humana e defeituosa.
Ando percebendo que muitas vezes o que eu digo não tem tanta importância, vocês, "amigos", me ouvem, me lêem mas não dizem nada a respeito. Minha irmã consegue falar "Helen, ninguém quer saber, você repete as mesmas coisas sem interesse". Eu me irrito, mas me calo. Se eu incomodo vocês, criem vergonha na cara coragem e digam, façam como minha irmã de 11 anos que parece ser muito mais sincera que vocês, quase adultos.
Esse é apenas um dos desabafos. Talvez eu esteja na TPM, por isso este post maldito. Mas é quando estou de TPM que vejo as coisas de maneira mais clara e crítica. Agora vamos lá:
Quem se lembra desse post aqui? Pois bem. Como disse nele, dou muita importância a Tiago. Mas esse post foi uma droga! Porque com ele, com a música, as concepções e análises que fiz só fez aumentar a minha dor. Sim, dor. Não é amor, não é paixão (eca, parece letra de pagode, af), não é compaixão, nem atração mais. É masoquismo. SIM, meus companheiros, a famosinha palavra doentia. MASOQUISMO. O que mais poderia ser? Ter prazer em ver uma pessoa que sem falar um "ai", sem lançar um olhar ou sorriso sequer acaba matando, cortando, sufocando você é ou não é ter prazer na dor? Torço pra não vê-lo porque sei que vai doer. E muito. Torço para vê-lo porque mesmo que doa demais, há um pouquinho de felicidade esmagada no meio de tanto horror.
O que meus amigos pensam disso? UMA PIADA. Evito falar, mas se eu não falo posso explodir. Então ao envés de ficar calada falo disso o tempo todo. Não me desculpo com vocês, porque a culpa não é minha de ter nascido chata como a minha mãe, a culpa é de vocês, senhoras e senhores que fingem dar trela pra minhas palavras. Gritem comigo, que eu aguento. Agora não me deixem falando sozinha! É horrível!
Voltando ao assunto principal, eu não sei o que fazer. Eu gosto e odeio, sangro e pulo por dentro, isso é incabível, não faz sentido nenhum! Estou totalmente perdida e não há ninguém que me salve. Não existe alguém que me possa dar os conselhos certos. Ninguém, nem eu mesma. Vou continuar nesse meu vício, meu masoquismo, e tentar não falar mais sobre. Ora, quanta tolice! Como se eu fosse conseguir!
Hoje aconteceu. De longe vi aquela pessoa alta e de passos firmes, andando na chuva sem se preocupar se estava se molhando ou não. Afinal, Nothing Else Matters (trocadilho). "Que não seja ele, por favor! Ah não, não é ele droga. Ah é sim!" Chegando mais perto, olha no relógio e fica atento aos carros passando, pra poder atravessar a avenida. Passamos um pelo outro a centímetros de distância, eu, em choque, apertei o passo e nem virei pra trás para vê-lo de longe. E nem sei se ele virou também. Não importa. Já começou a doer, é tarde.
Como uma adolescente quase normal que sou, na primeira brecha fui correndo contar pra alguém. Mas ela não se interessou, afinal, não importa não é mesmo? Nada do que a Helen diz é importante para o mundo, logo, o mundo que a vê como uma idiota, pensa que ela não vai se importar de ser ignorada mais uma vez. E assim a vida segue. Os poucos momentos de alegria e tristeza que tenho não servem pra nada. As poucas pessoas que eu achava que se importavam são atores e atrizes (péssimos por sinal) que gostam de estar em cena toda vez que eu peço atenção. E eu percebo que sim, sou também Imperdoável, porque não consigo mudar, porque também atuo de alguma forma. Percebo mais: que ainda não existe, ou não se apresentou tal pessoa que aguente minhas teorias, análises, meu drama, minha tagarelice. Se apresente senhor/senhora. Preciso de alguém.