26.5.10

INSiDE

Quem diria que eu, depois de tanto espernear pelo wordpress, voltasse para o blogspot? Nem eu mesma imaginava, acreditem. Acho que meus posts ficaram menos frequentes por causa da mudança, até. Mas enfim, não vim aqui para falar disso. Vim falar sobre um filme maravilhoso que vi há pouco, ainda hoje. E nem percebi que vi. Como assim não percebeu? isto não faz sentido! -você diz. Simplesmente porque é um curta. De menos de 6 minutos. Eu, como só fui pegando o título e buscando o vídeo toda estabanada, não observei a duração, e minutos depois, quando já havia me esquecido de onde tinha achado essa raríssima obra, me dei conta de que já o tinha visto e deveria mudar meu "Quero Ver" para "Já vi - 1 vez" e marcar as 5 (muito merecidas) estrelas no filmow, local onde encontrei.
Não há legenda infelizmente, mas se você souber pelo menos o básico do inglês dá pra entender muito bem. 
O filme tem como protagonista o ator Jeremy Sisto (pra quem não sabe ele é Jesus naquela minissérie -que foi compactada pra filme- que passava na globo em todo feriado santo e agora é da Band) e foi dirigido por Trevor Sands (não faço a mínima ideia de quem seja - nem o filmow). Mas não é por ser desconhecido e pouco divulgado e/ou aclamado que é ruim. É do tipo de filme que realmente foi feito para poucos, para aqueles mais "abertos" para os sentimentos, para as questões incompreensíveis e, principalmente, para a arte.

Sinopse:
Daniel é interrogado em uma clínica psiquiátrica. O que há por trás da mente humana? Quais os segredos da mente humana? O que acontece quando se provoca uma pessoa que não consegue se manter no controle?
Direção/Roteiro: Trevor Sands
Elenco:
Jeremy Sisto (Daniel); Matt Nolan (Joey); Tom Griffiths (Thomas); Evan Helmuth (Pierce); Megahn Perry (Mary); Michael Cornacchia (Owen); Alexandra Brandl (Beth); Michael Bailey Smith (Bo); Reedy Gibbs (Dr. Jane); Ric Sarabia (Harris)

Assista o filme, AQUI E AGORA!


Até mais. Não se esqueçam de comentar, opinar.

8.5.10

Educação Física


Vou falar aqui sobre uma coisa inédita que aconteceu comigo, em todos esses anos em que estudo. Perdoem MESMO o post enorme, mas é que quando estou a fim de escrever eu passo dos limites.

Sempre odiei educação física, pelo simples motivo de que eu era péssima nas atividades e isso era vergonhoso para a "nerd" da classe. Enfim, foi assim por 7 anos, eu nem sempre participava das aulas, e quando participava não era tão agradável assim (só nos jogos de futsal na 7ª e 8ª série, onde diziam que eu era uma boa zagueira - ainda tenho minhas dúvidas sobre isso).

Nos 1º e 2º anos do Ensino Médio passei a "fugir" das aulas, já que eram nos fins de semana, eu marcava presença e corria pra feira ou andava pelo bairro com as amigas. Mas esse ano foi diferente. O professor era do tipo que eu odiava: ele dava aula, custe o que custar e fazia a chamada com portão trancado. Perdi a primeira aula e passei uma semana pensando numa boa desculpa de não fazer, mas não teve jeito. A única forma de ter notas razoáveis e presença era ficar naquela quadra mesmo que sentada num canto.

Na segunda semana cheguei com aquela cara de "ai que saco", fiz uns alongamentos e fiquei quieta num canto com umas 5 amigas. O professor perguntou diversas vezes se a gente não queria participar, e a resposta foi "não" em todas elas.

Na terceira semana, ao chegar o professor olhou pra mim -pequeno detalhe: ele é lindo, atraente com aqueles maravilhosos olhos azuis e aquela barba castanha cada vez maior-, segurou nos meus ombros e disse:

"Olha nos meus olhos! Você...eu sonhei com você a semana toda! Pensei 'Como fazer essa menina gostar de educação física?'! Você é meu objetivo esse ano, a minha meta!"

Daqui pra frente, o post ficará gigante pela riqueza de detalhes. Se tiver sem paciência é melhor parar por aqui. Se estiver curioso(a) clique abaixo para continuar.


Eu, tímida (mesmo sendo tão pervertida lá no fundo), fiquei vermelha. Mas gostei, e até fiz um pouco da aula. No final, ele disse à todos que tinha cumprido uma meta, que ele e a pessoa de quem se tratava sabiam quem era e etc.

Na aula seguinte não fiz, por não querer mesmo. Na outra tive capacitação e não pude ir (o que me deixou desapontada). Depois não fiz novamente (me arrependi). No outro sábado foi feriado e hoje... Hoje foi MUITO BOM!

Parte fútil da história - ele estava mais bonito hoje, com a barba muito maior - e bem feita, presumo que ele a deixe assim ou que cresça ainda mais, do jeito que adoro -.

Parte importante da história - Ele perguntou uma coisa e eu (que não sou das mais ativas) respondi corretamente -modéstia totalmente a parte-. Estamos estudando Jogos Cooperativos. Fiz 2 dos 3 jogos ainda com receio, prometendo que se não gostasse não faria. O primeiro era dar as mãos. Direita para uma colega do grupo e esquerda pra outra, formando um nó. Depois tinha que desatar esse nó SEM soltar as mãos. Foi bem legal, meu grupo conseguiu das duas vezes. O segundo era um barco e coisa e tal, um pouco mais complicado, onde o grupo era maior, até a sala toda formar um grupo só. Problema: algumas garotas começaram a dar ordens. Impor sabe? (Quem lembra de o Dicésar chorando pela impaciência da Lia numa prova de comida? BBB10, chato eu sei, mas as meninas agiram da mesma forma) Eu já estava quase desistindo da porcaria do jogo, uma coisa que não admito é alguém me dar ordens sem ter classe e poder pra isso. Não participei da terceira parte por isso, não queria trombar com uma dessas rainhazinhas de nariz em pé.

No fim da aula eu queria dar tchau ao professor, mas umas alunas estavam se jogando em cima dele. Fui andando devagar até o portão quando ouvi: "Hey, cade a minha amiguinha?" Olhei pra ele, estava falando de mim mesmo. Sorri e ele falou "E aí, ganhei (de) você novamente? Não foi legal?" Respondi que sim, que não teve 100% de cooperativismo, mas ok, pelo menos teve e ele disse "É, ta vendo? Elas tão começando a cooperar". Perguntou de uma amiga minha que faltou, depois dei tchau e fui embora.

Você deve estar pensando que estou caidinha por ele né? Pra dar tanto detalhe do que ele fala e faz. Mas não. É importante pra mim, mas de outra forma: esse professor acredita em mim, acha que sou capaz assim como minhas amigas nerds (sem ofensa queridas! Também sou!). É um professor que acredita que dar aula vai mudar a vida dos(as) alunos(as). Tem o espírito jovem, com sede de trabalho e essa coisa bonita que cresce em raros educadores (um outro exemplo é o professor João Paulo, depois falarei dele aqui). É do tipo que admiro muito, do tipo que vai deixar muita saudade. Afinal ele conseguiu o impossível: me fazer sorrir uma aula toda, me arrepender de não participar de uma aula e principalmente: de gostar da educação física.

OBRIGADA PROFESSOR RODRIGO!