Espero conseguir desta vez. Sobre tudo, não só sobre o texto descritivo perfeito para a minha situação. Até porque já tentei na pintura, no desenho, em palavras escritas e oradas, mas nada. Se tem uma coisa que não consigo fazer é deixar claro tudo o que sou e sinto. Pode até parecer que eu falo demais, que "bato na mesma tecla", mas sinto que ainda assim sou fechada para as pessoas. Dentro de uma casca, como disse minha professora uma vez, "...que chega ao ponto de parecer arrogante pro resto do mundo!" - disse ela pra sala toda ouvir. Não fiquei com raiva, porque lhe dei razão e finalmente alguém falou como era o jeito que me via com palavras certas e bem construídas. Mulher sábia e de bem com a vida aquela Luciane.
Passei o maldito 2010 com medo. Medo mesmo. De ver que toda a minha infância e adolescência - por mais que eu tivesse boas ou excelentes notas - não serviu pra muita coisa nas 7 ou 10 provas que passei os últimos meses a fazer. Eu sempre fui certa do meu destino, desde a quinta série. Claro que pintaram dúvidas, mas sempre fui filha pródiga de minhas ambições - não financeiras, já que História não é uma coisa que enriquece o homem, convenhamos e sejamos claros. É um ramo que não dá pé aqui no Brasil - se desse, ninguém ia construir uma porra de uma vila, cidade, e o caralho a quatro em lugares indevidos. Quem estuda história não vive de museu, vive de estudar o que houve em tal espaço no passado, como está agora e como estará depois de alguns ou muitos anos. Isso se chama segurança e prevenção. Não somos valorizados. Nem por isso deixarei de lado, porque valorizo muito mais do que todos os desvalorizadores juntos multiplicados a 6.
Mas não é sobre a desvalorização da minha carreira que quero me queixar. É sobre toda essa loucura que o mundo distribui. Esse medo todo, pra que? É pra rir? Pra mim só não é pra chorar porque isso não consigo. Choro com qualquer outro tipo de coisa, menos por mim mesma e minha situação. Engraçado isso. Acho que se um dia concluir a faculdade, o desafio não terá sido passar nas provas, ir bem nos seminários ou mandar ver na monografia. O negócio é aqui dentro, toda a pressão, síndrome do pânico, raiva, depressão. É tóxico. (lacuna de pensamentos perdidos) E principalmente desnecessário.
Quantas vezes estava certa que assim e assado eu conseguiria... Cheguei perto. Mas não o suficiente.
Não vou falar que me dediquei aos estudos, até porque não dava pra aprender em 3 meses o que não aprendi nos últimos 3 anos. Infelizmente nem sou daquelas que correm atrás, já que o incompetente do professor não fez sua parte. É obrigação dele ensinar, estamos pagando impostos pra que afinal? Pra eles coçarem o saco na sala dos professores contando piada de aluno e tomando cafezinho? - OPS isso é tema pra outro post, em outro blog, o social.
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Voltando, não chorar, não quer dizer que não estou hipersensibilizada. Meu humor é do cão e tudo vira briga, ou decepção, ou qualquer palavra com entonação mais forte repreensão. E eu fico matutando. Remoendo. Daí isso mistura com o incômodo anterior e vira uma avalanche. "Tudo vai ficar bem" não funciona ok? Não adianta. A música, livros, filmes, internet são belas distrações. Uma coisa que incomoda pra caralho são as perguntas: "e aí, e as provas? quando saem os resultados? vai prestar pra que mesmo? e você vai pagar como?" PORRA, todo mundo, quem vai fazer sou eu, os resultados cabem a meu interesse, por que não calam a merda da boca de vocês? Como se fosse importante o meu destino para os familiares sem assunto, pais que só pensam em dinheiro e amigos desconhecidos desses pais soberbos. Eu queria muito estar paciente num momento desses, mas vocês não deixam, atrapalham e muito! Mas o que me sobra é escrever uma coisa que vocês não irão ler - por não serem inseridos na tecnologia atual e achar que "tudo isso não é pra mim" -, porque se eu fosse falar pra cada um calar o caralho da boca, minha língua ia ficar do tamanho de uma melancia de tão inchada.
Tudo bem se eu falei demais, ou não respeitei as normas educadas da leitura, ou ainda não fui coerente com todo o texto, que deve ter saído em pedaços soltos. Não ligo, sério. Vou tentar ouvir meu classic rock e não pensar em ninguém que me encha o saco - ou seja, qualquer pessoa -, me acalmar com alguma coisa, não sei. Porque tudo ultimamente me frustra. Tudo me cansa e me dói. E nem sei se é culpa minha. Se me martirizo. Tudo vira (ou já é) uma bosta, como diria minha Rita.

