16.1.11

Saco cheio.

Espero conseguir desta vez. Sobre tudo, não só sobre o texto descritivo perfeito para a minha situação. Até porque já tentei na pintura, no desenho, em palavras escritas e oradas, mas nada. Se tem uma coisa que não consigo fazer é deixar claro tudo o que sou e sinto. Pode até parecer que eu falo demais, que "bato na mesma tecla", mas sinto que ainda assim sou fechada para as pessoas. Dentro de uma casca, como disse minha professora uma vez, "...que chega ao ponto de parecer arrogante pro resto do mundo!" - disse ela pra sala toda ouvir. Não fiquei com raiva, porque lhe dei razão e finalmente alguém falou como era o jeito que me via com palavras certas e bem construídas. Mulher sábia e de bem com a vida aquela Luciane.
Passei o maldito 2010 com medo. Medo mesmo. De ver que toda a minha infância e adolescência - por mais que eu tivesse boas ou excelentes notas - não serviu pra muita coisa nas 7 ou 10 provas que passei os últimos meses a fazer. Eu sempre fui certa do meu destino, desde a quinta série. Claro que pintaram dúvidas, mas sempre fui filha pródiga de minhas ambições - não financeiras, já que História não é uma coisa que enriquece o homem, convenhamos e sejamos claros. É um ramo que não dá pé aqui no Brasil - se desse, ninguém ia construir uma porra de uma vila, cidade, e o caralho a quatro em lugares indevidos. Quem estuda história não vive de museu, vive de estudar o que houve em tal espaço no passado, como está agora e como estará depois de alguns ou muitos anos. Isso se chama segurança e prevenção. Não somos valorizados. Nem por isso deixarei de lado, porque valorizo muito mais do que todos os desvalorizadores juntos multiplicados a 6.
Mas não é sobre a desvalorização da minha carreira que quero me queixar. É sobre toda essa loucura que o mundo distribui. Esse medo todo, pra que? É pra rir? Pra mim só não é pra chorar porque isso não consigo. Choro com qualquer outro tipo de coisa, menos por mim mesma e minha situação. Engraçado isso. Acho que se um dia concluir a faculdade, o desafio não terá sido passar nas provas, ir bem nos seminários ou mandar ver na monografia. O negócio é aqui dentro, toda a pressão, síndrome do pânico, raiva, depressão. É tóxico. (lacuna de pensamentos perdidos) E principalmente desnecessário. 
Quantas vezes estava certa que assim e assado eu conseguiria... Cheguei perto. Mas não o suficiente.
Não vou falar que me dediquei aos estudos, até porque não dava pra aprender em 3 meses o que não aprendi nos últimos 3 anos. Infelizmente nem sou daquelas que correm atrás, já que o incompetente do professor não fez sua parte. É obrigação dele ensinar, estamos pagando impostos pra que afinal? Pra eles coçarem o saco na sala dos professores contando piada de aluno e tomando cafezinho? - OPS isso é tema pra outro post, em outro blog, o social.
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Voltando, não chorar, não quer dizer que não estou hipersensibilizada. Meu humor é do cão e tudo vira briga, ou decepção, ou qualquer palavra com entonação mais forte repreensão. E eu fico matutando. Remoendo. Daí isso mistura com o incômodo anterior e vira uma avalanche. "Tudo vai ficar bem" não funciona ok? Não adianta. A música, livros, filmes, internet são belas distrações. Uma coisa que incomoda pra caralho são as perguntas: "e aí, e as provas? quando saem os resultados? vai prestar pra que mesmo? e você vai pagar como?" PORRA, todo mundo, quem vai fazer sou eu, os resultados cabem a meu interesse, por que não calam a merda da boca de vocês? Como se fosse importante o meu destino para os familiares sem assunto, pais que só pensam em dinheiro e amigos desconhecidos desses pais soberbos. Eu queria muito estar paciente num momento desses, mas vocês não deixam, atrapalham e muito! Mas o que me sobra é escrever uma coisa que vocês não irão ler - por não serem inseridos na tecnologia atual e achar que "tudo isso não é pra mim" -, porque se eu fosse falar pra cada um calar o caralho da boca, minha língua ia ficar do tamanho de uma melancia de tão inchada.
Tudo bem se eu falei demais, ou não respeitei as normas educadas da leitura, ou ainda não fui coerente com todo o texto, que deve ter saído em pedaços soltos. Não ligo, sério. Vou tentar ouvir meu classic rock e não pensar em ninguém que me encha o saco - ou seja, qualquer pessoa -, me acalmar com alguma coisa, não sei. Porque tudo ultimamente me frustra. Tudo me cansa e me dói. E nem sei se é culpa minha. Se me martirizo. Tudo vira (ou já é) uma bosta, como diria minha Rita.

1.1.11

Infinitismo da Musicalidade


Primeiro dia de um novo ano, 1/1/11. Celular ligado na rádio, continuação das 500 melhores de 2010 na @kiss_fm. Finalizando A Cidade e as Serras, para o vestibular - e não só por ele, mas para alimentar a mente.
Pink Floyd, Creedence Clerwater Revival, RHCP, Black Sabbath, Radiohead, Deep Purple, Doors, Beatles, Led Zeppelin... A lista é quase infinita. Infinito mesmo é este sentimento: musicalidade.
Música sempre marcou algum fato, época, sentimento, cor, até cheiro de algum pedaço de espaço e de tempo exclusivamente vistos por mim. Exemplo: Count on Me - Jefferson Starship me lembra daquela fita k7 bege que também continha By My Side - INXS nos meus 3 anos de idade.
Mas hoje fui um pouco mais fundo - ainda sem palavras certas para expôr, já que essas são tão fortes e altas que são inaudíveis a nossa pobre humanidade -, tão fundo que, além de criar personagens humorísticos com artistas consagrados (projeto que tenho em mente terminar e mostrar algum dia), também conversei comigo mesma separando em laços. E não há laço maior que o da família, amigos, o laço social ou algo das proximidades. O texto está em inglês apenas por pensar em pôr em prática meu conhecimento em uma segunda língua. Ele gradua algumas bandas e personalidades históricas e/ou literárias dos quais consigo traduzir em sua semelhança.
OBS.: como banda é conjunto de uns e não é sinônimo de individual, por ser substantivo coletivo e agregar vários músicos em um nome - uma marca e abreviação de vários donos de uma só música e/ou discografia, usarei are ao invés de is. Espero que - pra todos os efeitos - ainda assim esteja certo.
Pink Floyd are my heart.
John Frusciante and Vincent Gallo are my portals to the other worlds.
Raul Seixas is my father or my mother (parents).
Red Hot Chili Peppers are my home (no sentido de aconchego e de acolhimento e reacolhimento de um filho pródigo).
The Beatles are my best friends.
Led Zeppelin are my uncle and aunt.
Deep Purple are my distant uncle and aunt.
Black Sabbath are my grandpa and grandma.
Charles Manson, Hitler, Alesteir Crowley and similar are my politics.
Jefferson Airplane, Jefferson Starship, Janis Joplin, Mamas and Papas, Woodstock's persons and similar are my personal and single parties.
Metallica are my drunk masculinity.
Kiss and AC/DC are my sex.
Audioslave and some new bands are my social actuality (sei que Audioslave acabou-se, mas considere as do gênero).
Creedence Clearwater Revival are my old west desert.
Foo Fighters are my high school's friends.
Guns and Roses are my crazy and drunk parties.
Nirvana are my human sadness.
Theories are my sense.
Bon Jovi are my  melancholy.
Books are my secret worlds.
Movies are my counselors.
Radio is my motivation.
Portanto é isso. Nunca serão suficientes as palavras para descrever sentimentos sem nome que possuo. Para poder me entender, quando estiveres com fone de ouvido, deite-se na cama ou no sofá, ouça teu rock como se o mundo concreto não existisse e como se voasses. Canalize todo o som pra dentro, bem no centro da tua cabeça, próximo aos olhos, e imagine que aqueles sons e aquelas vozes são da tua consciência. É puramente mágico. Poderoso.