22.5.13

Recomeço e Regressão

Enquanto uns supostamente têm a chance de recomeçar, outros empacam no achismo
David Nordon, Diário do Centro do Mundo - O governo de São Paulo lançou, ontem, um projeto que foi rapidamente apelidado de "Bolsa Crack". Funciona assim: famílias que possuem dependentes receberão mensalmente um cartão com R$ 1 350 de crédito, que pode apenas ser usado em clínicas credenciadas de reabilitação. (Fonte)

Aparentemente estamos precisando de uma Bolsa-Juízo

Andricio de Souza

Vai «se tornar um viciado pra ganhar também»? Então alimente-se de comprimidos, mate a sede com remédios, estude a bula, tenha segurança internado e lazer alucinado.
Não é bondade do governo, devemos desconfiar sim, se vai dar certo, se pessoas irão se livrar do vício, se tratar direitinho ou não corromper o projeto revendendo os remédios que conseguirem (vai saber né, não é só o governo que é corrupto) são outros quinhentos, se vai rebater o projeto falando que é absurdo, leia mais que apenas manchetes, mais que apenas um jornal, mais que um apresentador sensacionalista, mais que uma página do facebook, mais que um e-mail mal escrito (FW: ABSURDO!!!11), mais que um suposto "especialista no assunto", mais que comentários reacionários burros e mais que sua mente partidária. Ah, e piada disso não tem graça.
A titia Helen juntou uns links diversos pra facilitar a vida de vocês, não vamos acreditar completamente, claro, mas vamos criar uma crítica boa (contra ou a favor, ninguém é obrigado a concordar) sem ficar no achismo raso e nas piadas mequetrefes (isso vale pra qualquer tema, em qualquer lugar), por favor? Obrigada.

Época: (...) e esse dinheiro só poderá ser utilizado no tratamento dos dependentes porque será repassado diretamente para as clínicas de reabilitação.

Folha (coluna do Gilberto Dimenstein): Já consigo ver os batalhões de tolos classificando a chamada bolsa crack de desperdício de dinheiro, fazendo comparações com o salário de um trabalhador.

Estadão: O governo também ressalta que o recurso é carimbado e só pode ser sacado para pagamento em clínicas credenciadas.

Terra: O valor é repassado diretamente do governo às entidades de tratamento. O dependente ou sua família não recebem valor algum em dinheiro. (...)O cartão não atenderá os viciados na capital.

Acid Black Nerd (blog): A Bolsa Crack não é uma bolsa(...). O verdadeiro nome do projeto (...) é Projeto Recomeço.

Vlog Desce a Letra (pra você que não entende bem as palavras difíceis de jornal e não lê porque acha que não precisa), veja até 2min18, ou veja tudo, se quiser: http://www.youtube.com/watch?v=xzQJMHWOX_o

Veja na fonte também - Entenda como funciona o Cartão Recomeço

Não curtiu os textos? Bom, eu dei a vara, a linha, o anzol, os caminhos para as águas, agora pescar o peixe cabe à competência (ou não) de vocês.
Não sou partidária de ninguém, nem fã, nem especialista. Meu voto vai pra inteligência e decoro, além de respeito. Repudio discursos violentos, porque desejar a morte pra quem mata, é se tornar um assassino indireto e isso não resolve problema nenhum. O problema do Brasil não é tão somente o governo, mas quem governa os governantes, no caso quem mesmo, queridinhos?

13.5.13

Querer o meu não é roubar o seu

Pois o que eu quero é só função de EU!
Estou aqui para pedir emancipação - aliás, é um aviso porque não tenho que pedir nada a ninguém - da corrente que se diz via de apenas duas mãos (exemplos mais à frente), mas que na verdade quer ditar meu querer.
Quero me abster de partidos, até porque os partidos me são uma grande falha política na organização das nossas sociedades, já que pendem para um centro financeiro independente os ideais que tenham em comum.
Quero me abster de quaisquer -ismos em voga na sociedade atual, inclusive gostaria de lembrar que o sufixo -ismo também significa "doença" - e tomo (por que não?) por doença social qualquer extremismo de idealismos.
Enjôo fácil das coisas: da cor do esmalte, do layout do blog, do tamanho do cabelo ou dos coleguismos da academia. Sem falar das obrigações: se você não é machista cai, diretamente, sem pestanejar, sem reivindicar, no feminismo, ou: se você não é liberal, é conservador, se não capitalista, um comunista vermelhinho comedor de criancinhas inocentes, se não pobre, é rico, se não feio, é bonito, etc.
E quem disse que eu quero ser 1 ou 2? A ou B? E se eu quiser ser 6? Ou H? Ou π? Quem me obriga a ser este ou aquele, e mais: se um destes é anti-totalitarismo, cadê minha liberdade de ser o que quiser, inclusive de não ser nenhum? De, não ficar em cima do muro, mas na linha tênue entre os "principais"? Não quero vertente de nada, eu quero é nascente.
Eu gosto de novela, besteirol, progressivo e cult, eu quero ser o homem - no caso a mulher - que sou. Sem obrigações, sem amarras, sem promessas ou chantagens.
Faz o que tu queres, pois é tudo da lei. Sociedade alternativa, e não alternativismo.
Não há ninguém pra me definir senão eu mesma. Minha revolução é revolução da revolução da revolução, e emancipação está longe desses -ismos-doença-social que só ditam e ditam e ditam.
Estou aqui não para mudar a massa me baseando em meus IDEAIS. Querer um mundo assim é formar uma nova ditadura e/ou totalitarismo. Ideal pra mim é liberdade e respeito (com uma grande colherada de inteligência por favor), sem ser taxada de preconceituosa (1 extremo) ou libertina (outro extremo, que não é tão ruim assim).
Sou elite de mim e de mais ninguém, cada um de nós é um universo y cada persona es un mundo.
Não sou a comunista que expulsa a Yoani (abra a sua mente, ela também é gente), não sou criada a leite com pêra (que expressãozinha patife, aliás) ou uma levada pela multidão. Tô aqui pra usufruir, enquanto de corpo presente, da vida de diversos caminhos e escolhas, uma vida de cores e sabores. Num dia tô aqui, n'outro acolá. Não sou traíra porque traíra é peixe. O que é trair o movimento, falando nisso? Mudar de ideia? Não posso mudar de ideia?
Eu não malho o Judas, eu não sigo à risca e nem sou indecisa.
Quero ser um pássaro livre pra escolher, se quer voar, pousar no asfalto, ou apenas observar de um local diferente o chão e o céu.
Foto tirada pelo namorado mais querido ♥ 
Não há (mais) culpado nem inocente, cada pessoa ou coisa é diferente.
Tudo isso não apaga o meu respeito para com o gostar de vocês, se acreditam e não tão machucando ninguém, vão em frente :)