Ontem ocorreram dois fatos que me fizeram perceber algumas coisas. Tentarei desenvolver o máximo possível neste post, porque é tanta informação ao mesmo tempo que nos textos ainda não estão prontos em minha mente, apenas palavras (como tags) gritam pedindo para serem escritas.
Pois bem, o primeiro fato que me ocorreu foi uma revolta da sala inteira contra uma professora porque ela abaixou a nota por ver os trabalhos todos com falhas. Num dia normal eu faria o maior barraco (não com a professora, mas a xingaria muito no twitter), ficaria revoltada com a vida e diria que tudo fosse para o inferno. Mas eu estava preparada, havia tomado uma overdose de John Frusciante à tarde (fazendo o tal trabalho) e consegui me manter no controle. Um outro motivo foi o tema do trabalho: Linha do tempo da Alemanha - amo esse país com todas as minhas forças!
Me manter no controle me fez enxergar o amadurecimento. Qual o problema de uma nota inferior? Estava tão apaixonada pelo meu trabalho que entreguei assim mesmo, ainda pedindo quase de joelhos (exagero) para a professora devolver-me quando corrigir. E eu sei porque ficou tão maravilhoso: John... (falando nisso, havia sonhado com ele naquela madrugada).
O segundo fato foi a minha língua comprida. Uma coisa que devo ter puxado da minha família fofoqueira. Uma coisa natural (veja bem, não sou fofoqueira, mas extremamente julgadora), que normalmente alguém que estivesse na minha posição quisesse corrigir pois classificaria como defeito. Defeito é sim, mas minha percepção defeitos devem ser mantidos, porque é uma característica única, e se você muda isso, pelo menos se muda irreversivelmente, você já não é mais o mesmo, é outro. E gosto de manter a originalidade das coisas. Sou contra mudanças bruscas e transformações drásticas (seria a mesma coisa?).
Voltando, eu critiquei a atitude de uma colega de escola. E ainda abomino o fato mesmo que digam, que pensem, que falem (deixa isso pra lá, vem pra cá, o que é que tem?) o contrário. Pra mim é inaceitável e pronto. E para me manter com a razão e a impor ao mundo, vou criticar essas abominações de maneira diferente, a qual eu já fazia, mas agora será 100%. Irei diminuir minha língua e fazer crescer meus dedos. Sim, a melhor maneira de me revolucionar é com minhas mãos gordinhas de borracha/massinha (apelido dos amigos). Escrever o que sinto, o que penso. E desenhar o que desconfio que sinto e o que não é interpretado por palavras ainda.
É outra forma de amadurecimento. Meu defeito continuará, mas sua trajetória se dará por um caminho alternativo. Manterei minha essência. E já comecei, concluindo meu trabalho de Educação Física (pivô da picuinha maldosa) da maneira mais próxima do que se pode chamar de perfeito. Posso estar sendo 0% modesta, mas eu gostei, aprovei e me orgulhei de ter escrito aquilo. E bate de frente com as ações que muito reprovei daquela garota. E para ter certeza de que ela não mudaria nem sabotaria minha conclusão, enviei diretamente ao professor. O que causou uma terceira conclusão e uma frase (bônus!):
Percebi que isto de "aprender com os erros" não é tão simples quanto parece. Se você aprende, já não foi um erro. Foi uma consequência. E a frase é curta mas diz tudo (amei a frase, então para mim está certa e me orgulho dela também):
NÃO EXISTEM ERROS, APENAS AQUELE FATO TEM QUE OCORRER PARA O CRESCIMENTO DA MENTE E DA VISÃO SOBRE O MUNDO POSSAM ACONTECER. Helen Araújo
Podemos amadurecer e voltar à imaturidade no mesmo assunto? Sinto que sim, ou então nunca amadurecemos. Podemos nos esquecer do que vivenciamos e aprendemos, e voltar a seguir o caminho antigo. Exemplo: eu posso voltar a esticar minha língua. Mas quando perceber que estou naquele sentido, volto atrás e vou alternar meus passos. Isto é algo (esqueci-me da palavra) infinito e repetitivo. E não é errado. É humano.
Talvez eu tenha visto tantas coisas daquele outro lado, porque alguém me fez virar o rosto e ver além. John...
Gostei da sua frase realmente é uma verdade não existem erros,eles simplesmente servem para um amadurecimento por isso mesmo que te disse que não me arrependo do que fiz e sim do que não tive a coragem de fazer.
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