5.6.11

Quatro de Junho

Estava numa praia, do lado esquerdo era um quadro estilo Van Gogh, areia, mar e céu. Do outro pedras e o resto da praia normais, reais.
Tinha um furacão se formando na parte pitura, e ele encurvava até bater no mar e fazer um tsunami.
Fiquei olhando por uns instantes e me abriguei junto às pedras. Fechei os olhos e tapei o nariz porque sabia que ia me afogar, meu nariz e pulmão já estavam queimando só de pensar no que ia acontecer segundos depois.
Depois de me afogar, ou até mesmo morrer eu tava n'outro mundo, feito de pedra como Machu Picchu, e tinha uns homenzinhos pequenos, andando rápido como que para socorrer-me. Mas só havia eu, antes e depois. Eu humana, eu animal. Os homenzinhos não se encaixavam nestas características, eram só homenzinhos. Como aqueles do muro em Alice e os Espelhos. Mas não eram ovos nem ovais. Nem os Oompa-Loompas da Fantástica Fábrica de Chocolate.

Engraçado que, sempre nessas imagens de céu, outros universos, fim de mundo e coisas do tipo, me imagino sozinha, como se realmente ninguém fosse para o mesmo lugar que eu, e nem me importo para onde vão, não sinto saudades nem dores. E nunca existem animais, agora falando sinto uma tristeza, mas na hora me sinto plena demais para pensar em outros seres vivos. Sou somente eu e os quatro elementos básicos. E esse "fim" pra mim é tão aceitável, tão esperado de uma forma não fanática, mas paciente.

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