13.5.13

Querer o meu não é roubar o seu

Pois o que eu quero é só função de EU!
Estou aqui para pedir emancipação - aliás, é um aviso porque não tenho que pedir nada a ninguém - da corrente que se diz via de apenas duas mãos (exemplos mais à frente), mas que na verdade quer ditar meu querer.
Quero me abster de partidos, até porque os partidos me são uma grande falha política na organização das nossas sociedades, já que pendem para um centro financeiro independente os ideais que tenham em comum.
Quero me abster de quaisquer -ismos em voga na sociedade atual, inclusive gostaria de lembrar que o sufixo -ismo também significa "doença" - e tomo (por que não?) por doença social qualquer extremismo de idealismos.
Enjôo fácil das coisas: da cor do esmalte, do layout do blog, do tamanho do cabelo ou dos coleguismos da academia. Sem falar das obrigações: se você não é machista cai, diretamente, sem pestanejar, sem reivindicar, no feminismo, ou: se você não é liberal, é conservador, se não capitalista, um comunista vermelhinho comedor de criancinhas inocentes, se não pobre, é rico, se não feio, é bonito, etc.
E quem disse que eu quero ser 1 ou 2? A ou B? E se eu quiser ser 6? Ou H? Ou π? Quem me obriga a ser este ou aquele, e mais: se um destes é anti-totalitarismo, cadê minha liberdade de ser o que quiser, inclusive de não ser nenhum? De, não ficar em cima do muro, mas na linha tênue entre os "principais"? Não quero vertente de nada, eu quero é nascente.
Eu gosto de novela, besteirol, progressivo e cult, eu quero ser o homem - no caso a mulher - que sou. Sem obrigações, sem amarras, sem promessas ou chantagens.
Faz o que tu queres, pois é tudo da lei. Sociedade alternativa, e não alternativismo.
Não há ninguém pra me definir senão eu mesma. Minha revolução é revolução da revolução da revolução, e emancipação está longe desses -ismos-doença-social que só ditam e ditam e ditam.
Estou aqui não para mudar a massa me baseando em meus IDEAIS. Querer um mundo assim é formar uma nova ditadura e/ou totalitarismo. Ideal pra mim é liberdade e respeito (com uma grande colherada de inteligência por favor), sem ser taxada de preconceituosa (1 extremo) ou libertina (outro extremo, que não é tão ruim assim).
Sou elite de mim e de mais ninguém, cada um de nós é um universo y cada persona es un mundo.
Não sou a comunista que expulsa a Yoani (abra a sua mente, ela também é gente), não sou criada a leite com pêra (que expressãozinha patife, aliás) ou uma levada pela multidão. Tô aqui pra usufruir, enquanto de corpo presente, da vida de diversos caminhos e escolhas, uma vida de cores e sabores. Num dia tô aqui, n'outro acolá. Não sou traíra porque traíra é peixe. O que é trair o movimento, falando nisso? Mudar de ideia? Não posso mudar de ideia?
Eu não malho o Judas, eu não sigo à risca e nem sou indecisa.
Quero ser um pássaro livre pra escolher, se quer voar, pousar no asfalto, ou apenas observar de um local diferente o chão e o céu.
Foto tirada pelo namorado mais querido ♥ 
Não há (mais) culpado nem inocente, cada pessoa ou coisa é diferente.
Tudo isso não apaga o meu respeito para com o gostar de vocês, se acreditam e não tão machucando ninguém, vão em frente :)

5 comentários:

  1. "Malditos ou inocentes"? Assim canta Frejat numa música que gosto muito.

    A vida é feita de escolhas e te garanto que não querer ser de nada já é uma corrente. Cada um tem suas próprias revoluções, nem sempre se enquandram na revolução dos outros.

    Quero que todos tenham as mesmas condições e nem por isso sou socialista, quero que não tenhamos mais armas, mas sou realista e não quero a extinção dos exércitos e por aí vai.

    Sempre tenho essas crises de ideais fracassados e corrompidos. Por vezes me sinto até traída por eles, mas, enfim, perdoai-vos-nos (?) nem sabemos o que fazemos.

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    1. Que saudade dos seus comentários <3
      Eu tava sentindo muita pressão, seja na aula, na internet, etc. Tantas vezes li ou ouvi "ou você é isso, ou aquilo" que quase enlouqueci :(
      De certa maneira é bom saber que essas "crises de ideais" como você citou não são um "pecado" ou coisa só minha, uma bobagem ou sei lá o que.
      Tô mais confortável com isso, e quem sabe amanhã eu já pense diferente, como diz o comercial: "vai que..." :]

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    2. Brinco e não sei se na sua faculdade também é assim, mas existe um certo comportamento que esperam que tenhamos, então, provavelmente há certos ideais que são próprios do povo da história, como é nos outros cursos, e se você não adere, não tem identidade, sente o isolamento.

      Sempre sinto esse isolamento, porque as meninas, em especial, do meu curso, são acadêmicas de passarela e eu ando de tênis e jeans. E de vez em quando penso se sou eu que estou errada etc. Péssimo exemplo ok, mas o que quero dizer é que sentimos as pressões sociais e por toda volta as ideologias nos querem, nos manipulam, nos moldam.

      Várias vezes vejo gente dizendo "mas como você pôde acreditar nisso?", mas era a crença que tinha, mas se você não acredita mais, será que era sua?

      E fiz uma confusão de crença e ideologia (...)

      :D

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  2. É bom dar-se ao desfrute de nada ser para ser o que se realmente é. Abster-se do rótulo, contudo, sem abrir mão das coisas de que se gosta. Parabéns pelo tempero de liberdade com que alimenta sua vida! Eu também gosto de gostar do que gosto de fato [sorrio]. Com tempo, deixe sua impressão no http://jefhcardoso.blogspot.com Um abraço!

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  3. Vivemos em constante transformação.
    Algumas pessoas mudam em prol das outras, vivem segundo os padrões. E
    deixam de fazer aquilo que gostam, por conta do que as pessoas vão dizer.

    Uma referencia do post que me identifiquei, é o fato de nós enjoarmos muito fácil, imagine então o Template do blog ahah

    Adorei aqui ti sigo.

    Meu mais novo blog : http://minhaformadeexpressao.wordpress.com/
    http://minhaformadeexpressao.blogspot.com.br/

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