31.8.11

On the Run

É muito estranho eu não ter o que falar. Ou ter e não querer. Ou não ter nem querer. Não tentem me entender, porque... Porque nem eu mesma me entendo hoje.
Não sei exatamente, mas aquilo que virá, virá de tal maneira que já me assusta e me conforta, ao mesmo tempo.
Aliás, o que é tempo? Sempre desconfiei que não fosse do relógio e do calendário, por que o que isso muda na vida da Terra? Não na humana, na da natureza - estamos longe de sermos naturais.
Ainda posso ver o que a vida mostra, mas está tudo tão embaçado, ou melhor, tão claro que me cega. Como quando você tenta olhar pro Sol. Ele é tão prodigioso que chega a sumir, ou fazer tudo sumir, quando você tenta olhar diretamente.

E tem as pessoas, elas são engraçadas. Eu as odiava, eu odiava sem ter por quê. Agora as observo mais atentamente e volto a ver como via quando criança. Com olhos curiosos e imaginativos.  Pra onde vão, quem são e como são. Elas andam por todos os lados, fazendo todas as coisas, e são tantas que nunca mais verei, que vi por um segundo apenas, mas que lembrarei pelo resto da vida. Todos os dias as mesmas diferentes pessoas. E elas não se vêem. Não vêem mais nada. E riem dos que vêem, dos que sentem, dos que observam. Talvez seja uma proteção.

No que pensam? Será que já pensaram no que eu penso? Ou nunca vão pensar? Por que elas andam devagar? Por que têm pressa? Por que não é a minha pressa e não sou como elas? Por que eu sou eu e não uma delas? Por quê?

Me pergunto isso desde criança. Eu vi uma criança hoje, a propósito. Não sei se menino ou menina, ela estava no ônibus. E deu tchau pra mim. Eu retribuí (Foi mágico).

Reformulando a questão das pessoas para o dia de hoje: Por que elas andam devagar? Ou será que sou eu que estou com pressa demais?

"Live for today, gone tomorrow, that's me, HaHaHaaaaaa!"

30.8.11

NOVO AEON

O sol da noite agora está nascendo
Alguma coisa está acontecendo
Não dá no rádio nem está
Nas bancas de jornais


Estou me contendo para não colocar todas as músicas que ouço ultimamente para explicar o que ainda não entendo. Mas estou prestando atenção. E não sou a única.
A nuvem está se dissipando, as coisas clareando, o ambiente está mutando. Mudando não, mutando.

O vento voa e varre as velhas ruas
Capim silvestre racha as pedras nuas
Encobre asfaltos que guardavam
Hitórias terríveis


Não sabemos o que é, mas é. E grita, e chora, e ri, e corre, e sabe. Tá no vento, na chuva, na árvore, no céu, na lua e no sol. No dia e na noite, no leste e no oeste.



Ói, ói o trem, vem trazendo de longe as cinzas do velho éon
Ói, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que sabem do trem
Ói, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no trem




Ói, olhe o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu, não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso no ar
Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e dos guardiões


Para um amigo, tó, de presente de agradecimento.

26.8.11

I'll Label You

Eu tenho vontade de apagar umas merdas que postei aqui, mas fazer o que? Merdas são inevitáveis. Que bom que a gente anda pra frente (oh que beleza) "porque pra trás não dá mais" como diz a música pop br.
Este texto já está sendo totalmente diferente e talvez venha a ser mais uma das merdas pra coleção porque, bem, não estou tentando falar difícil me achando diamante nas mãos de mendigos - ou seja, a foda da escrita.
Talvez seja um embaralho de toda uma porcaria que me serviu muito de alguma forma, um pré-epílogo de uma história que só existiu na minha cabeça (lembrem de GESTALT), mas fato é: amadureci com isso. E vou amadurecer depois com todo o lixo que vier.
Ficava falando de imperdoável, imperdoável. Imperdoável sou eu (daí entra outra música, a II). Ponto, uma conclusão. E eu meio que tratei isso como uma optativa porque: nem precisava, nem me era inútil. Era um tanto faz pra de vez em quando, naquelas horas que tava de saco cheio de pensar. E tô ficando outra vez. Mas sejamos firmes, fortes e cruéis: quem não pensa vive melhor (ia botar "mais", mas pensei: que importa a quantidade?). Não quero viver melhor (às vezes sim, quando quero que todo mundo se foda). Outra conclusão meio torta.
Este Imperdoável externo foi, continua sendo, e continuará até Deus sabe quando, uma espécie de ferramenta. Utilizei até quebrar, mas ainda serve. E não vejo a hora de jogar fora, porque, de fato, não preciso mais. Mas não quero uma nova, porque cansei de brincar com este artefato que só precisa de reparos e concertos. Se possível quero jogá-lo fora também, sem nem ver, porque não sei vocês, mas sou canceriana, e se penso muito, guardo tudo.


A ideia desse texto foi inspiração na ideia de outro texto, ou não. Não lembro.

15.8.11

Diamante de Mendigo

Eu que me achava um diamante
Nas mãos de mendigos
Só pelo medo de não sê-lo

Tanto pedi mais mentes iluminadas nesse caminho de meu Deus que ele assim o fez. Mudei de sala, de professores, e consequentemente apareceram novos "colegas". 
Ora, colegas! Lobos em pele de cordeiro, simpáticos na feição da máscara, mas deixam os horrores 

10.8.11

High Hopes

Talvez seja um pouco cedo para começar este texto (fisicamente é tarde, tenho que acordar cedo amanhã - e todos os dias), mas algo me impede de adiar isto ainda mais. Estou entupida de coisas pra dizer e escrever, e tenho medo de, mais cedo ou mais tarde, explodir. Um explodir que não chega a ser nem literal, nem metafórico, e por eu não saber bem que tipo de explosão seria essa, tenho medo.

É sim, novamente, sobre as mudanças - que não são repentinas, eu já esperava - que vêm ocorrendo nesses últimos dias.

Não posso dizer que seja ruim, que eu esperava mais (odeio este termo - vide pseudo-críticos de filme), que não era exatamente o que eu queria (vejo que meu rumo seja realmente Antropologia, mas História engloba muito mais, e isso me motiva), ou não sei mais o que.

Sim, está ótimo, não é aquele monstro que imaginei que fosse. Mas isso não significa que não haja um monstro.

O monstro é, de certa forma, muito pior do que eu pensava. Porque é um monstro intocável, irracional e sem motivo palpável para existir. Não é aquele que mostra o problema e o joga em suas mãos pra tu resolver. Até porque esse tipo de monstro permite que haja uma ferramenta para que ele seja massacrado.

Meu monstro pessoal não. Ele é silencioso e profundo, constante.

Penso que ele tenha aparecido por minha ousadia e prepotência de achar que seria eu a menos pensadora em meu meio, por assim dizer. Meu medo no início era de ser vista como uma leiga em certos - ou todos os - assuntos. De ser motivo de chacota. E até agora o que eu vejo é a mim mesma, no lugar destes que achei que me reprovariam, reprovando os que estão em torno. A ponto de doer a cabeça. A ponto de querer dar socos e pontapés até o motorzinho que é o cérebro deles dar corda. E não é por idade que este conhecimento é aqui avaliado.

Leaving the myriad small creatures trying to tie us to the ground
To a life consumed by slow decay


Mas deixemos de lado os outros, que me fazem realmente doente. Fisicamente.
O problema é eu pensar que sou vista como uma inferior quando na verdade sei que não (o? a?) sou. Sim, como disse anteriormente, prepotência. E não quero ser vista como inferior, não por vaidade, mas porque meus planos são tão importantes que tenho medo de sacrificá-los por aparência, apenas.
É como se eu visse a injustiça feita às claras, e estivesse de mãos atadas, não por outrem, mas por mim mesma. Espero de coração que seja apenas paranoia minha, e que nada esteja interferindo minha vida a não ser eu mesma.



Espero que essa onda monstruosa seja destruída pela rotina, e pelo conforto da boa avaliação. Pelo contato mais pessoal e intransferível, pelo carinho e reconhecimento (de outro floydiano de preferência). Mas mesmo que isto continue por mais três ou trinta anos, estarei aqui, escolhendo o sofrimento interno para o sucesso gratuito, ao invés da alegria confortável mascarando o remorso mais corrosivo que soda cáustica.

Encumbered forever by desire and ambition
There's a hunger still unsatisfied
Our weary eyes still stray to the horizon
Though down this road we've been so many times


Saudades, amigos.

The grass was greener
The light was brighter
The taste was sweeter
The nights of wonder
With friends surrounded
The dawn mist glowing
The water flowing
The endless river

5.8.11

Toda essa chinfra não te garante


Palavrinha ilegível no segundo texto: ininterruptamente. Minha letra é linda, ok, pessoal? É que saí da sala quando vi que o pessoal tava falando merda demais e fui pra um banquinho em frente à ela. Não tinha mesa pra apoiar, e a gente tem que acompanhar o pensamento, né? Perdoem os erros também. Nada como ficar forever alone pra pensar melhor!

3.8.11

Well I spent the night in heaven

John, você se casou mesmo! Nossa estou tão feliz que a infelicidade breve que estou passando no momento foi pra segundo plano, estou eufórica, extasiada, emocionada! Sei que Nicole tem um je ne sais quoi de maravilhoso (além da roupa, adoro demais), de correto, de "é isso mesmo, é ela mesma"! Senti desde um tempo atrás. Enfim, manolo, seja iluminado sempre, e você também, Nicole, e que vocês iluminem tudo o que tocarem, sempre!