24.7.12

Black

Estou oscilando bastante em minhas conclusões sobre o que tem acontecido nos últimos 12 meses e essa música, assim tão de surpresa, me fez pensar por um lado que não imaginava existir.
Pearl Jam - banda que mal ouço mas tenho muito apreço - me lembrou o início de uma fase profissional que não consigo decidir se me foi/é/será importante para crescimento intelectual e moral.
Uma cena específica nunca saiu da minha memória, no momento fui quase fria, mas hoje lembrei docemente. Eram outras pessoas as protagonistas, com as quais não tinha tanta simpatia, mas que hoje chegam a dar saudade.
Não por elas em si, mas pelo jeito de como tudo era.
Não sei se as coisas vão voltar para seus eixos, mas estar fora deles não significa necessariamente que algo ruim esteja acontecendo. É um rumo perdido, apenas. Não consigo enxergar o que me espera, nem fazer planos, já que não sei se vou me satisfazer ou sofrer as consequências de modo ruim.
Me desespera o não planejar, o tatear o escuro.
Tenho medo do escuro literal, e pavor do metafórico. Já que este segundo não pode ser resolvido com um simples acender das luzes.
O que está em jogo não são só meu futuro e meus quereres, mas minha saúde mental e poder próprio sobre meu destino. Poder esse que, olhando pra trás, é quase certo que tinha, mas agora não sei mais.
Curiosamente a letra tem a ver com o que senti e pensei, letra essa que só vi agora no fim. Esse é o poder musical que mais me impressiona, a linguagem universal pelos som e timbre.


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