Talvez seja um pouco cedo para começar este texto (fisicamente é tarde, tenho que acordar cedo amanhã - e todos os dias), mas algo me impede de adiar isto ainda mais. Estou entupida de coisas pra dizer e escrever, e tenho medo de, mais cedo ou mais tarde, explodir. Um explodir que não chega a ser nem literal, nem metafórico, e por eu não saber bem que tipo de explosão seria essa, tenho medo.
É sim, novamente, sobre as mudanças - que não são repentinas, eu já esperava - que vêm ocorrendo nesses últimos dias.
Não posso dizer que seja ruim, que eu esperava mais (odeio este termo - vide pseudo-críticos de filme), que não era exatamente o que eu queria (vejo que meu rumo seja realmente Antropologia, mas História engloba muito mais, e isso me motiva), ou não sei mais o que.
Sim, está ótimo, não é aquele monstro que imaginei que fosse. Mas isso não significa que não haja um monstro.
O monstro é, de certa forma, muito pior do que eu pensava. Porque é um monstro intocável, irracional e sem motivo palpável para existir. Não é aquele que mostra o problema e o joga em suas mãos pra tu resolver. Até porque esse tipo de monstro permite que haja uma ferramenta para que ele seja massacrado.
Meu monstro pessoal não. Ele é silencioso e profundo, constante.
Penso que ele tenha aparecido por minha ousadia e prepotência de achar que seria eu a menos pensadora em meu meio, por assim dizer. Meu medo no início era de ser vista como uma leiga em certos - ou todos os - assuntos. De ser motivo de chacota. E até agora o que eu vejo é a mim mesma, no lugar destes que achei que me reprovariam, reprovando os que estão em torno. A ponto de doer a cabeça. A ponto de querer dar socos e pontapés até o motorzinho que é o cérebro deles dar corda. E não é por idade que este conhecimento é aqui avaliado.
Leaving the myriad small creatures trying to tie us to the ground
To a life consumed by slow decay
Mas deixemos de lado os outros, que me fazem realmente doente. Fisicamente.
O problema é eu pensar que sou vista como uma inferior quando na verdade sei que não (o? a?) sou. Sim, como disse anteriormente, prepotência. E não quero ser vista como inferior, não por vaidade, mas porque meus planos são tão importantes que tenho medo de sacrificá-los por aparência, apenas.
É como se eu visse a injustiça feita às claras, e estivesse de mãos atadas, não por outrem, mas por mim mesma. Espero de coração que seja apenas paranoia minha, e que nada esteja interferindo minha vida a não ser eu mesma.
Espero que essa onda monstruosa seja destruída pela rotina, e pelo conforto da boa avaliação. Pelo contato mais pessoal e intransferível, pelo carinho e reconhecimento (de outro floydiano de preferência). Mas mesmo que isto continue por mais três ou trinta anos, estarei aqui, escolhendo o sofrimento interno para o sucesso gratuito, ao invés da alegria confortável mascarando o remorso mais corrosivo que soda cáustica.
Encumbered forever by desire and ambition
There's a hunger still unsatisfied
Our weary eyes still stray to the horizon
Though down this road we've been so many times
Saudades, amigos.
The grass was greener
The light was brighter
The taste was sweeter
The nights of wonder
With friends surrounded
The dawn mist glowing
The water flowing
The endless river
É sim, novamente, sobre as mudanças - que não são repentinas, eu já esperava - que vêm ocorrendo nesses últimos dias.
Não posso dizer que seja ruim, que eu esperava mais (odeio este termo - vide pseudo-críticos de filme), que não era exatamente o que eu queria (vejo que meu rumo seja realmente Antropologia, mas História engloba muito mais, e isso me motiva), ou não sei mais o que.
Sim, está ótimo, não é aquele monstro que imaginei que fosse. Mas isso não significa que não haja um monstro.
O monstro é, de certa forma, muito pior do que eu pensava. Porque é um monstro intocável, irracional e sem motivo palpável para existir. Não é aquele que mostra o problema e o joga em suas mãos pra tu resolver. Até porque esse tipo de monstro permite que haja uma ferramenta para que ele seja massacrado.
Meu monstro pessoal não. Ele é silencioso e profundo, constante.
Penso que ele tenha aparecido por minha ousadia e prepotência de achar que seria eu a menos pensadora em meu meio, por assim dizer. Meu medo no início era de ser vista como uma leiga em certos - ou todos os - assuntos. De ser motivo de chacota. E até agora o que eu vejo é a mim mesma, no lugar destes que achei que me reprovariam, reprovando os que estão em torno. A ponto de doer a cabeça. A ponto de querer dar socos e pontapés até o motorzinho que é o cérebro deles dar corda. E não é por idade que este conhecimento é aqui avaliado.
Leaving the myriad small creatures trying to tie us to the ground
To a life consumed by slow decay
Mas deixemos de lado os outros, que me fazem realmente doente. Fisicamente.
O problema é eu pensar que sou vista como uma inferior quando na verdade sei que não (o? a?) sou. Sim, como disse anteriormente, prepotência. E não quero ser vista como inferior, não por vaidade, mas porque meus planos são tão importantes que tenho medo de sacrificá-los por aparência, apenas.
É como se eu visse a injustiça feita às claras, e estivesse de mãos atadas, não por outrem, mas por mim mesma. Espero de coração que seja apenas paranoia minha, e que nada esteja interferindo minha vida a não ser eu mesma.
Espero que essa onda monstruosa seja destruída pela rotina, e pelo conforto da boa avaliação. Pelo contato mais pessoal e intransferível, pelo carinho e reconhecimento (de outro floydiano de preferência). Mas mesmo que isto continue por mais três ou trinta anos, estarei aqui, escolhendo o sofrimento interno para o sucesso gratuito, ao invés da alegria confortável mascarando o remorso mais corrosivo que soda cáustica.
Encumbered forever by desire and ambition
There's a hunger still unsatisfied
Our weary eyes still stray to the horizon
Though down this road we've been so many times
Saudades, amigos.
The grass was greener
The light was brighter
The taste was sweeter
The nights of wonder
With friends surrounded
The dawn mist glowing
The water flowing
The endless river

Não é sempre que você tem a possibilidade de fazer escolhas e o que vou dizer aqui, deveria ter feito e não fiz.
ResponderExcluirDesde criança queria ser antropóloga, lembro da primeira vez que ouvi a palavra, achei e ainda acho a mais linda de todas, mas o máximo que consegui foi coragem pra prestar vestibular pra direito, bem ou mal passei e diga-se de passagem ocupando vaga que poderia ser destinada a alguém que realmente gostasse, que tivesse esse sonho. Ultimamente andava culpando todo mundo: minha mãe que sonhava com uma filha advogada, meu pai que joga na cara o quão caro é manter um filho na faculdade, meu irmão problemático...aí, percebi que coisa nenhuma, escolhi direito porque prefiro ser ruim em algo que eu possa dizer que não escolhi, do que não ser boa naquilo que eu mais queria. Dificilmente vou largar agora a faculdade, prestar vestibular e começar outra e mais dificil ainda depois essa, vou fazer por mais 5 anos outra, só porque lá no inicio eu tive medo. Não sei se o que você quiz dizer tem algo haver com isso, e acredite que também não era exatamente isso que eu gostaria de ter escrito, acabei confundindo o seu com o meu e virou uma bagunça. Enfim, não deixe que as coisas fiquem cada vez mais tardias, é preciso aproveitar o tempo em que as oportunidades estão ao alcance.
Te adoro e isso é estranho, desde a primeira vez que apareci aqui fiquei com inveja e pensei que a Giuliane podia ter um pouco da Helen e por isso volto sempre aqui, porque sei que a Helen sempre tem algo que a Giuliane precisa ver. Leio alguma coisa quando acredito que aquilo vai fazer parte de mim e quando leio seus textos parece que já faço parte deles.
Uma vez, tive uma grande amiga e quando lia os textos dela acredita que ela um dia sairia da internet e ocuparia as prateleiras das livrarias, é assim que me sinto quando leio os textos da Helen, ela anda meio perdida, então quando avistá-la por favor diga a ela que ter talento é para poucos e não é prepotência acreditá-los.
=**