Ultimamente escrevo sem concordar comigo mesma. Escrevo porque gosto, porque quero aliviar minha cabeça de tantos problemas, frustrações e sentimentos, sejam eles bons ou ruins. Escrevo porque quero me mostrar ao mundo, já que não sei falar, escrevo pra ninguém porque é mais fácil achar alguém, qualquer um que leia minhas bobagens, pois não tenho muito com quem contar na língua falada.
Mas mesmo assim me arrependo de tudo o que disse e de como disse. Porque não é bem o que eu queria ou sentia. No momento sim, mas quando paro e penso, vejo que errei, que não era certo, que não era saudável.
Queria apagar tudo o que disse, e a tentação é enorme. Mas já foi... deixa quieto. Alguém já leu, já fez seu retrato de mim, já serviu de alguma coisa o que foi falado. Não dá pra fazer não existir, porque já se fez existir. Tarde demais.
Eu já queria apagar isto aqui, não me delicio mais com o que digo. Posso até conseguir chegar perto, mas acho que meu método e modo não é exatamente o que preciso utilizar. É muito pomposo e frio, talvez exagerado demais. Soa falso. Pra mim.
Não sei mais descrever meus sentimentos e opiniões, quando escrevo nada acontece. Eu deveria descarregá-los em texto como depósito, pra caber mais coisas em mente. Mas a mente continua cheia, as palavras vazias...
Não perdi a receita de como escrever. Percebo que nunca soube. Sou como José Dias de Dom Casmurro, enfeito meus dizeres com palavras complexas e caprichadas nas sílabas (talvez totalmente erradas gramaticalmente), mas sem conteúdo.
Ganhei uma máquina de escrever, sonho desde os três anos com isso. Está lá, escondida em cima do guarda-roupa. Às vezes, acordo no meio da aula pra escrever algumas páginas que ao fim de algumas horas se tornam inúteis. Às vezes ninguém as lê. Ainda mais os novos, tem dois ou três que ninguém nunca leu e nem sei se lerá. Nem eu deveria ter lido.
Bom, aí é que está. Inútil. Esse texto e tantos outros não me levarão a lugar nenhum, além do recinto do remorso e da vergonha. Vai ver minha saída seja o desenho. Ou tenha que aprender realmente e logo o baixo e o violão, ou precise continuar bordando, faça um curso de web design, ou, ainda, uma opção mais antiga, desde quando eu era criança e brincava sozinha com fichas que papai trazia do trabalho: talvez eu precise preencher formulários, carimbá-los, grampeá-los, arquivá-los. Talvez eu mofe na biblioteca junto com os preciosos livros que ninguém lê, ou lê e não entende, ou lê e não concorda, ou lê e não gosta. E joga num canto esquecido.
Adoro bibliotecas, talvez seja isso mesmo.
Mas mesmo assim me arrependo de tudo o que disse e de como disse. Porque não é bem o que eu queria ou sentia. No momento sim, mas quando paro e penso, vejo que errei, que não era certo, que não era saudável.
Queria apagar tudo o que disse, e a tentação é enorme. Mas já foi... deixa quieto. Alguém já leu, já fez seu retrato de mim, já serviu de alguma coisa o que foi falado. Não dá pra fazer não existir, porque já se fez existir. Tarde demais.
Eu já queria apagar isto aqui, não me delicio mais com o que digo. Posso até conseguir chegar perto, mas acho que meu método e modo não é exatamente o que preciso utilizar. É muito pomposo e frio, talvez exagerado demais. Soa falso. Pra mim.
Não sei mais descrever meus sentimentos e opiniões, quando escrevo nada acontece. Eu deveria descarregá-los em texto como depósito, pra caber mais coisas em mente. Mas a mente continua cheia, as palavras vazias...
Não perdi a receita de como escrever. Percebo que nunca soube. Sou como José Dias de Dom Casmurro, enfeito meus dizeres com palavras complexas e caprichadas nas sílabas (talvez totalmente erradas gramaticalmente), mas sem conteúdo.
Ganhei uma máquina de escrever, sonho desde os três anos com isso. Está lá, escondida em cima do guarda-roupa. Às vezes, acordo no meio da aula pra escrever algumas páginas que ao fim de algumas horas se tornam inúteis. Às vezes ninguém as lê. Ainda mais os novos, tem dois ou três que ninguém nunca leu e nem sei se lerá. Nem eu deveria ter lido.
Bom, aí é que está. Inútil. Esse texto e tantos outros não me levarão a lugar nenhum, além do recinto do remorso e da vergonha. Vai ver minha saída seja o desenho. Ou tenha que aprender realmente e logo o baixo e o violão, ou precise continuar bordando, faça um curso de web design, ou, ainda, uma opção mais antiga, desde quando eu era criança e brincava sozinha com fichas que papai trazia do trabalho: talvez eu precise preencher formulários, carimbá-los, grampeá-los, arquivá-los. Talvez eu mofe na biblioteca junto com os preciosos livros que ninguém lê, ou lê e não entende, ou lê e não concorda, ou lê e não gosta. E joga num canto esquecido.
Adoro bibliotecas, talvez seja isso mesmo.
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